Tem coisas que a gente vive adiando e nem percebe o quanto isso atrapalha nossa rotina. Aquela resposta rápida a um e-mail, organizar a papelada da mesa, anotar uma ideia que surgiu no meio do dia… são tarefas pequenas, que muitas vezes demoram menos de dois minutos para serem feitas, mas que vão se acumulando e nos dando a sensação de que nunca conseguimos colocar tudo em dia.
É aí que entra a famosa Regra dos 2 Minutos, popularizada pelo especialista em produtividade David Allen, criador do método GTD (Getting Things Done). A proposta é simples, direta e eficiente: se uma tarefa pode ser feita em até dois minutos, não adie. Faça agora.
Pode parecer bobagem à primeira vista, mas a mágica está justamente na simplicidade. Em vez de criar uma lista com 15 pequenas tarefas para fazer depois — o que já ocupa espaço mental —, você simplesmente elimina a pendência na hora. O resultado é uma mente mais leve e uma sensação constante de progresso.
Agora, é claro que nem toda tarefa vai se encaixar nisso. A ideia não é sair resolvendo tudo no impulso, mas sim treinar o cérebro para não empurrar com a barriga aquilo que pode ser feito rapidamente e que, se adiado, só vai se tornar mais uma preocupação no fim do dia.
Essa regra tem um efeito interessante no nosso comportamento: ela reduz a procrastinação porque mostra como é possível vencer a inércia com pequenas ações. Muitas vezes, o que nos trava não é a tarefa em si, mas o peso mental de “ter que fazer”. E quando a gente simplesmente vai lá e faz, percebe que nem era tão complicado quanto parecia.
Além disso, a Regra dos 2 Minutos nos ajuda a enxergar melhor o que é prioridade. Quando você começa a aplicar esse princípio, automaticamente passa a separar o que é rápido de resolver daquilo que exige mais planejamento. E isso te dá mais clareza para organizar sua agenda e direcionar melhor seu tempo.
Uma boa dica é começar o dia com esse filtro: olhe sua lista de tarefas (ou pense nelas) e identifique tudo o que pode ser resolvido em menos de dois minutos. Responder aquele e-mail, pagar uma conta que está no lembrete, agendar uma consulta, confirmar uma reunião. Vá riscando esses itens logo de cara. Isso já te dá um impulso de produtividade e deixa espaço livre para focar no que realmente exige mais energia e concentração.
Agora, se você é do tipo que acumula post-its e lembretes por todo lado, talvez essa regra seja ainda mais útil. Ao invés de escrever “lembrar de fazer tal coisa”, vá lá e faça. Não só você vai se sentir mais produtivo, como também vai evitar aquele efeito bola de neve que nos esgota antes mesmo do dia terminar.
No fim das contas, a produtividade não está apenas em grandes planejamentos ou ferramentas sofisticadas. Muitas vezes, está nos pequenos hábitos do dia a dia. E fazer algo simples, mas de forma constante, pode ter um impacto enorme nos seus resultados.
Então fica aqui o convite: da próxima vez que algo surgir e você pensar em anotar para mais tarde, pergunte-se — isso leva menos de dois minutos? Se a resposta for sim, você já sabe o que fazer.